Ergoespirometria & Covid-19

O teste de esforço é indicado em situações clínicas por revelar os ajustes cardiovasculares e respiratórios desencadeados pelo exercício.

Com o avanço tecnológico, a associação de novos métodos de investigação diagnóstica com provas de esforço definitivamente se configura como ferramenta de relevância no seguimento de portadores de doenças cardiovasculares e de indivíduos saudáveis. A ergoespirometria permite a análise de variáveis clínicas, eletrocardiográficas, hemodinâmicas e respiratórias que refletem os ajustes cardiovasculares e respiratórios desencadeados pelo exercício, necessários para a manutenção do metabolismo celular adequado às demandas impostas.

Na área da fisiologia do exercício, o exame fornece informações que facilitam a elaboração de um trabalho direcionado e específico, prestando-se ainda à caracterização e à avaliação evolutiva da aptidão física em pessoas saudáveis e em atletas que intentam aprimorar seu treinamento. Permitindo um melhor entendimento da fisiopatologia da intolerância à atividade física, assim como uma avaliação do grau de incapacidade de cardiopatas e pneumopatas, o que serve para mensurar o resultado de intervenções terapêuticas nesses indivíduos e predizer a evolução das doenças. Em portadores de insuficiência cardíaca, o método é considerado um exame complementar obrigatório, tendo em vista que possibilita ao cardiologista estabelecer prognóstico, avaliar terapia clinica e orientar possíveis transplantes cardíacos.

As sociedades médicas buscam classificar as principais indicações da ergoespirometria com base em sua utilidade ou efetividade no fornecimento de dados relevantes para a prática clínica. As Diretrizes da American Heart Association e American Colegy off Cardiology, indicam as ergoespirometria para avaliação anual e neste momento de pandemia mundial o cuidado deve ser redobrado após a infecção do Covid-19, fazendo do teste de esforço uma ferramenta importante para melhor reabilitação do paciente.